terça-feira, 5 de outubro de 2010

lebensessenz

                             
                                                     Newton Schner Jr
    
Meu amigo Lohmann fez-me um convite muito especial: elabora
perguntas que eu mesmo pudesse responder, acerca do projeto
Lebensessenz. Tomado por outras atividades, levei certo tempo para que,
enfim, durante uma viagem, eu desse início a algo que eu conseguisse
expressar melhor a minha fala: um texto a respeito.
Muitas vezes somos tomados pelo impulso de criar algo, sem que
estejamos a desejar no entanto, dar continuidade a  essa criação. Existem
momentos em que nós nos queremos servir da arte apenas como um refúgio
emporário, instantâneo. Assim ocorreu comigo. 
No inverno de 2003, em uma noite, eu improvisava notas em um tecla
que havia ganhado durante a infância. Gravava, naquele instante, minha
primeira demo. Não era algo que eu pretendia dar continuidade. Era apenas
expressão de um sentimento, em uma noite de solidão. Assim, chamei o
projeto de Lebensessenz, pois era aquela composição a vida de um momento
meu – parte de uma essência de vida. Criava o meu primeiro trabalho, de nome
Einsamkeit, Hass und Dunkelheit sind meine Lebensessenz" (Solidão, ódio
escuridão são a essência da minha vida). Eram estes os componentes dos
meus dezessete anos de idade, quando eu dava os meus primeiros passos
com a música. Na época, cheguei a gravar, também em cassete, algumas
outras composições. Misteriosamente, durante uma madrugada de insônia, e
as encontrei destruídas, no corredor de casa. Nunca mais consegui ouvi-las.
Um ano depois, eu decidia gravar meu próximo trabalho - o primeiro em
piano. Inspirado por dias desolados, acolhia-me as  leituras a respeito da
Antártica, o continente gelado. Em uma noite, gravei quatro músicas. Sem
computador, nem contando com quaisquer outros recursos, registrei-as através
de uma câmera de vídeo colocada sobre o piano. Todas foram praticamente
compostas e gravadas ao mesmo tempo, em momentos de inspiração. Este
trabalho levou o nome de "Terra Nullis" ou "Terra de ninguém" em latim.
Ainda em 2004, eu gravava um outro trabalho: "Wenn  der Wald zum
Traum wird" (Quando a floresta se transfigura em sonho), com uma única
música que ultrapassa os 20 minutos. Foi feita com  os mesmos recursos
parcos. A arte gráfica era primitiva, contendo um desenho no qual eu havia
tentado retratar um lugar imaginário. Na posteridade, o encarte foi refeito. No
mesmo ano, outras composições foram gravadas sob o mesmo método, mas,
por novos problemas com fitas, todas foram perdidas.
Desde então, o projeto passou a ser composto exclusivamente com o
piano que, para minha sorte, me era possível ter em casa. Cabe aqui fazer um
pequeno retrocesso. Quando pequeno, recebi algumas poucas lições de piano.
Eu as aprendi com o meu pai. Nós não morávamos juntos. Eu o visitava aos
fins de semana. Ele fora um músico fabuloso, segundo o que me foi dito.
Aprendera boa parte das teorias durante sua carreira militar, pois chegou ao
cargo de Major. Mas eu, naquela época, não desejava tocar ou aprender
qualquer instrumento. Tinha preferência por jogos eletrônicos ou quaisquer
outras distrações. Retratei algo, neste sentido, em uma carta a uma amiga,
professora, que fora grande amiga no meu pai:



" Feliz ou infelizmente, meu pai não chegou a me ver melhorar no piano. Ele, devido à
sua formação musical, exigia que eu aprendesse a tocar através do método mais
correto, ou seja, lendo partituras, praticando exercícios e, sobretudo, reproduzindo
obras de grandes compositores. Quando ele procurou me ensinar, eu era novo demais
e preferia me ocupar com outras atividades – a música ainda não fazia muito sentido
para mim. Depois de velho, quis que ele me ensinasse, mas, por algum motivo que
desconheço, ele não se mostrou muito disposto. Fui  aprendendo, como disse, por
conta própria. Ainda hoje peco, no sentido de não ter aprendido a ler partituras;
contudo, bem o sei as circunstâncias que me fizeram criar cada melodia que a senhora
poderá ouvir. Ele sempre se mostrou bastante silencioso para com o que eu fazia. Isso,
no começo, me corroia, mas com o tempo eu me acostumei. [Contudo], lembro-me que
a última música minha que ele ouviu, do corredor de casa, foi “Der Walzer von Lotte” (A
Valsa de Carlota), primeira faixa do CD “Die letzten Momente von Werther” (Os últimos
momentos de Werther”. De modo silencioso, disse à minha mãe que minhas músicas
estavam bonitas. "
Em uma noite (o leitor irá notar que, em grande parte, minhas
composições nascem de momentos noturnos), no ano de 2005, eu dava início
a um novo trabalho. Foram-me necessárias apenas algumas horas, para que
tudo estivesse finalizado. Agora, fazia-o com o uso de um computador. "Der
Abend des Abschieds" (A noite da despedida). Como pano de fundo,
saudades, paixões platônicas e a junção de dois belos poemas: "A noite", de
Joseph Eichendorff, e "Despedida" de Emmanuel Geibel. Nesta época, eu
também tomava o primeiro contato com "Os sofrimentos do jovem Werther", de
Johann Wolfgang von Goethe. Tal trabalho fora lançado na Alemanha, pelos
selos Dunkelheit e Nebelhain Kunstschmiede. A arte gráfica fora feita a partir
de uma pintura do romântico Caspar David Friedrich, com o qual eu ilustraria
mais outros dois trabalhos.

                                                   Ambiente de inspiração

A noite:

Cala-se a ruidosa alegria dos homens:
Como no encanto dos sonhos,
Murmura a terra
A todas as árvores
O que apenas os corações percebem
Velhos tempos, suaves tristezas,
E nos ferem, como luzes na tempestade,
Leves arrepios da lembrança.


Despedida:

Adeus, e longe o pranto! Um beijo ainda,
Ainda uma saúde... Adeus, querida!
Se já gozamos dias tão serenos,
Serena também seja a despedida.

Repara, quando o grou ergue o seu vôo
E das terras do Sul vai à procura,
Do Norte uma saudade o acompanha
Esperando da volta ainda a ventura.

Assim também da nossa breve dita
Brilhe sempre na alma nossa a lembrança
Recordações leais são áureas pontes
Mediando entre a presença e a distância.

                                         Capa de uma compilação . PT II

Segui adiante. O piano passava a ser o instrumento  da minha
expressão. No ano próximo, gravava o meu "Le besoin perpetuel" (A carência
incessante). Embora eu não concorde, ainda ouço algumas pessoas dizerem
ser ele o meu melhor trabalho. Quatro composições gravadas em três dias, sob
efeito de intensas emoções. Trata-se de um trabalho obscuro e, de certo modo,
inclinado para a solidão. Na capa, uma bela pintura de Caspar David Friedrich.
Pela primeira vez, incorpora-se a fala de Werther no encarte, como se este me
fosse um pano de fundo. Na época, nascem os primeiros rabiscos de um
romance que eu viria a escrever, do qual, hoje, tenho apenas fragmentos, pois
sua única cópia foi entregue a uma pessoa em especial. Ainda em 2006, era
lançado "Das Drama der Einsamkeit" (O drama da solidão). Sonhos em forma
de música. Quatro longas composições, sendo a última uma referência a um
belo romance de campo francês. Com sorte, me foi possível ser lançado no
formato cassete, através do selo After Many Funerals, da Bulgária. Pela
amplitude da distribuição feita, o projeto passou a ser mais conhecido. O
lançamento deste trabalho foi um marco na história do projeto.
Em 2007, duas grandes obras foram compostas e lançadas: "Die
Räuber" (Os bandoleiros) e "Die letzten Momente von Werther" (Os últimos
momentos de Werther. A primeira é composta de sete músicas. Nem todas
seguem o mesmo padrão, justamente por serem referências a determinados
momentos da grandiosa obra de Friedrich von Schiller, que leva o mesmo
título. A segunda, três faixas longas, com base no  já referido romance de
Goethe.
Especificamente sobre "Die Räuber", faço aqui um pequeno comentário
introdutório, sobre cada uma das músicas. "Der Brief" (A carta), que abre o
trabalho, faz referência a um momento que antecede a obra. Nele, Karl redige
uma carta, pedindo perdão ao seu pai. "Karls Traum" (O sonho de Carlos)
segue. Retrata o sonho de Karl, que ansiava por uma resposta do seu pai. É
uma composição rápida, incomum ao meu trabalho, mas retrata um momento
que não poderia ser expressado de outra forma. O romance segue. Franz,

irmão de Karl, apanha a carta e com ciúmes, ele a altera. Lê ao pai, de modo
como se Karl estivesse o amaldiçoando. Franz produz uma nova carta e envia
a Karl, em nome do pai, como se este o amaldiçoasse da mesma forma. Karl
recebe a notícia e, amargurado, no desespero, se juntar a um grupo de
bandoleiros que apesar de se proporem a combater as injustiças do mundo,
acabou por disseminar o caos entre os povos. No desenvolver da história, Karl
descobre que seu pai fora feito prisioneiro de Franz, em seu castelo, e que as
cartas haviam sido adulteradas. Daí, a terceira faixa: "Die Entdeckung" ou "A
descoberta". Karl junta os bandoleiros seus, pois é agora um líder, e vai em
direção ao castelo de sua família. Lá, ele liberta o pai. Hermann, membro de
seu grupo, recebe uma missão honrosa: matar Franz,  para que vingasse,
assim, o sofrimento ao pai. Mas Franz, quando percebe não ter escolhas,
acaba por se suicidar. Vem disto a próxima faixa: "Der Selbstmord von Franz"
(O suicídio de Franz). Impressionante é que tempos  depois, uma amiga
holandesa dizia ter tido um avô, de mesmo nome, que também cometera
suicídio, tendo dito à sua mulher, pela última vez: "Se eu perceber que os
russos poderão me capturar, você nunca mais irá me  ver". Após todas as
destruições, Karl, agora, pensa em deixar o bando. Mas este o impede. Pensou
em voltar ao seio de sua amada, Amelie, mas foi lembrado do juramento de
fidelidade que fizera aos seus homens. Deste modo, o grupo o pressiona. Vê-
se obrigado a assassiná-la. Surge, assim, "Amelies Abschied" ou "A despedida
de Amélia". E, finalmente, quando Karl decide, após tudo, entregar-se à polícia,
quando o grupo também é desfeito, chega-se ao término do album com "Eine
romantische Tragödie" (Uma tragédia romântica). As  pinturas deste trabalho
são de autoria desconhecida, que foram retiradas de um livro emprestado pelo
meu amigo Giovanni. Tal obra fora recentemente lançada na Rússia, pelo selo
Valgriind.

                                                   Capa do quinto álbum


"Die letzten Momente von Werther" compõe-se de três partes. Este
trabalho se situa nos momentos finais desse clássico escrito por Goethe. "Der
Walzer von Lotte" (A valsa de Carlota) remete à valsa, dançada em uma noite
de tempestade, por Werther e Lotte. É, agora, um momento de lembrança para
ele, pois foi o primeiro contato mais intenso que tivera com a moça. Desta
composição, relembro ter ouvido elogios do meu pai. Quando depois de adulto,
desejei retornar ao piano. Pedi-lhe que me ajudasse em alguns exercícios, mas
ele parecia pouco indisposto, talvez por pensar que iria ocorrer a mesma
situação que experienciara quando eu ainda era uma criança. Mas, quem sabe,
ao rejeitar a ajuda, ele quis me incentivar a seguir meu próprio caminho.
Quando digo que esta composição foi elogiada, isto  se deve ao fato de que
antes, o mesmo não ocorria. Antes, eu me perguntava: "Por que? Por que ele
sequer comenta algo a respeito?", quando eu o tirava de seu consultório e
pedia-lhe para ouvir o que eu havia acabado de criar. Mas, hoje, tempos
depois, eu não apenas o compreendo, como percebi que seu silêncio de
outrora teve um papel fundamental nas minhas composições. Ele apenas se
referiu a "Der Walzer von Lotte" como "bonita", mas me foi o suficiente, pois, no
mesmo ano em que eu o perdia, havia ouvido, ao menos, um elogio seu. "Die
letzten Momente von Werther" (Os últimos momentos de Werther) é a segunda
faixa. Já sentado sobre a beirada da cama, Werther bebe vinho, reflete e chora.
Albert, que o havia emprestado a arma, mal sabia o destino que ela reservaria
a Werther, o qual amava tanto sua mulher, Lotte. Sobre a música, pode-se
dizer que é lenta, de melodias tocantes. Fora feita, em alguns aspectos, sob

inspiração de "Moonlight Sonata", de Beethoven. Em  seguida, "Ashen eines
Zerstörten Traumes" (Cinzas de um sonho destruído). Composição que
expressa certo mistério. O parágrafo a seguir expressa sua idéia:

"Um vizinho viu o clarão da pólvora e ouviu o tiro, mas como tudo ficou em silêncio
depois disso, não deu maior atenção ao caso. De manhã, por volta das seis, o criado
entrou no quarto com a lamparina nas mãos. Encontrou seu senhor prostrado ao chão,
a pistola e sangue. Chamou-o, levantou-o, e nada de resposta (...). Morreu ao meio-dia.
A presença do bailio e as providências que ele tomou evitaram uma aglomeração maior
das pessoas. À noite, às onze, fê-lo enterrar no lugar que ele havia escolhido. O velho
e os filhos seguiram o corpo. Albert não teve forças. Temia-se pela vida de Lotte. Foi
carregado por operários. Nenhum sacerdote o acompanhou". 
 
Um ano depois, duas compilações eram lançadas. A segunda parte, em
especial, é composta basicamente de introduções e interlúdios, feitas para
outras bandas; Ainda no mesmo ano, era composto "Tu deorum hominumque
tyranne Amor!" (Tu, amor, tirano de deuses e homens). Dez faixas de uma
música de piano profundamente melancólica e introspectiva. Cada composição
retrata um momento especial em minha vida. Tempos difíceis. Fora o término
de dois relacionamentos e o nascimento de minha filha. O texto que
acompanha o CD, lançado independente e relançado pelos selos Dunkelheit e
Self Mutilation Services diz a respeito das entrelinhas deste trabalho:

“’Tu, deorum hominumque tyranne, Amor!’, que em latim significa ‘Tu, amor, tirano de
deuses e homens!’ foi uma expressão imortalizada por Schopenhauer, podendo ser
encontrada em seu célebre “Metafísica do amor”. Acreditei ser esta uma expressão
insubstituível a toda a forma de aprendizado que estive em contato durante a
composição deste trabalho. É ele um resultado de experiências pessoais que vivenciei
no ano de 2008, tendo como foco o término de meus dois últimos relacionamentos.
Escrito com muita sinceridade, todas as suas músicas nasceram em diferentes épocas,
sob o efeito de diferentes circunstâncias. Esboçam momentos alegres, melancólicos,
tristes, sonhadores e, sobretudo, solitários, ainda que por vezes eu estivesse junto de
outrem. Fiz da arte, ou ao menos tentei com a simplicidade que me acompanha, uma
ponte que me permitiu expressar os extremos pelos quais minha sensibilidade esteve
susceptível. E como se ainda não me desse conta, vejo-me novamente só. Hoje, sem
ambas aquelas por quem me dediquei, sinto como se,  por fim, restassem apenas
lembranças. Dentre inúmeras cartas e fotos, em meio a uma infinidade de objetos que
colecionei ao longo destas histórias, entre escombros de coisas que não deram certo,
encontram-se estas músicas – são elas as mais fiéis testemunhas de momentos que
jazem no passado. Junto da solidão e preso à arte, percebo que diante de tudo o que
vivenciei, este trabalho significa simplesmente um grande aprendizado”.

                                                   Capa do sétimo álbum


Em 2009, muitas composições foram criadas. No entanto, um só álbum
foi inteiramente composto e gravado: "Dein Leben war für mich ein Beispiel"
(Sua vida foi um exemplo para mim). Trata-se de um album em homenagem ao
meu pai. A cada dia que se passa, sinto um compromisso maior em manter sua
memória viva. Cada uma das músicas expressa momentos diferentes de sua
vida e, principalmente, minha relação consigo. No mesmo ano, foram
compostas outras músicas como "Traum und Schuld" e  "Days of voluntary
exile", sendo a última uma referência a meu segundo trabalho escrito: "Dias de
exílio voluntário". Também é do ano de 2009 o terceiro trabalho escrito, que
reúne ensaios e contos meus, sem um assunto ou foco específico.
Na medida em que me é possível, tenho feito a divulgação através da
Internet e de algumas livrarias, onde disponibilizo meus trabalhos. Também
muitos amigos bondosos, e mesmo pessoas que desconheço, estão me
ajudando, recomendando minhas músicas a pessoas próximas. Para 2010,
tenho vários planos. A criação de dois novos álbuns é um deles. O outro, a
elaboração de um trabalho em conjunto, com minha amiga e poetisa Luciana
Rocha. E, quem sabe, algum evento em que eu possa participar.
Cabe-me aqui, também, fazer uma pequena reflexão sobre os meus
métodos de composição. Dias atrás, uma bela moça americana me escrevia.
Dizia admirar o que faço, tendo dito sentir a melancolia das minhas músicas.
"Espero", completou ela, "que um dia eu possa tocar tão bem quanto você". Eu
a agradeci, de coração, pelas palavras. Disse-lhe que, contudo, não havia
segredos no que costumo fazer. Minhas composições são simples e, acredito,
qualquer pessoa, com seis meses de prática, terá um desempenho melhor que
o meu. A ela, disse que, talvez, minha única receita seja encarar o piano não
como um simples instrumento. Como exemplo, contei que quando passo por
situações difíceis ou dias felizes, eu o toco. Quando estou quieto, também, com
todo o meu coração. Eu me abri com o piano, como talvez não o tivesse ou
pudesse fazer com muitos dos meus amigos mais próximos. Há coisas que
somente eu e ele sabemos, como, por exemplo, as circunstâncias em que
determinadas composições nascem. Umas, foram feitas quase que em
minutos. Outras, como que lentamente pinceladas, do mesmo modo que um
quadro que apesar de simples, necessita de tempo e das cores ideais. E assim
ocorre comigo. Escrevi músicas ao início, meio e fim de relacionamentos, na
morte do meu pai, no nascimento da minha filha, sob efeito de cartas de
amigos (as), leituras, filmes e assim por diante. Se há um segredo, este é o de
manter-me próximo do supra-instrumento com o qual eu me abro. A técnica foi
apenas um meio que me foi possível conseguir, para  que eu aprimorasse
minhas expressões. Portanto, não se deve desejar a técnica de um artista, mas
a forma com que este se aplica. No meu caso, desejo que a moça não anseie
pela minha técnica, mas por ser para ela, através do piano, o que eu fui para
mim mesmo. É o que penso. A sinceridade e a simplicidade são os dois
grandes componentes do que faço. Thoreau dizia:
 "Há em certos livros uma espécie de naturalidade e  verdade caseira, muito rara de
descobrir e que, apesar disso, parece muito comum. Pode não haver nada de sublime
num sentimento, nada de refinado em sua expressão; apenas conversa inconseqüente,
de gente do interior... A simplicidade, num livro, é um mérito tão grande quanto numa
casa, se o leitor lá quiser morar. É uma arte elevada, bem próxima da beleza. Alguns
não têm senão esse mérito".



                                                    Capa do oitavo álbum






Isto não é tudo, mas o mínimo que poderia ser contado sobre o
Lebensessenz, até o presente momento.
Para os interessados, deixo aqui meus endereços para contato e, além
da página oficial do Lebensessenz, é possível checar alguns dos meus textos.
Compõem-se eles da mesma simplicidade, mas expressam o que não me é
possível alcançar com as teclas do piano. Há sempre um meio de se chegar à
completude, através da arte.
Por fim, agradeço o convite daquilo que, inicialmente, seria uma
entrevista, além da paciência pela longa espera. Também agradeço a todas as
pessoas que têm apoiado meu trabalho, ouvindo e me  enviando suas
impressões a respeito do que faço. Para os interessados, sintam-se à vontade
para trocar informações, discutir e filosofar.


Atenciosamente,
Newton Schner Jr.




E-mail:
n_schner@hotmail.com
Website Lebensessenz:
http://www.myspace.com/lebensessenz
Website pessoal:
http://recantodasletras.uol.com.br/autor_textos.php?id=57390


                                     Capa do nono álbum


           
                                   Idéia de capa para o décimo trabalho

                                                                 Por Alerome

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